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Informação Completa

BRASIL ESTÁ ENTRE PAÍSES QUE MAIS REGISTRAM ACIDENTES DE TRABALHO NO MUNDO

Por: Prof.ª Dr.ª Andréa Matos - Docente da Educação Infantil na EAUFPA e pesquisadora sobre Trabalho e Saúde Docente

O dia 27 de julho tornou-se um marco importante quanto à atenção à prevenção de acidentes de trabalho. No entanto, desde que foi instituído o Plano Nacional de Valorização do Trabalhador e tornaram-se obrigatórios nas empresas os serviços de medicina e de engenharia de segurança do trabalho, passam-se cinquenta anos e o Brasil ainda segue entre os primeiros na lista dos países que mais registram acidentes de trabalho no mundo, isso sem considerar as subnotificações. Além dos acidentes que levam à perda ou redução da capacidade para o trabalho, resultante de lesões ou perturbações funcionais provocadas no exercício da atividade laboral, as doenças ocupacionais embora sejam consideradas acidentes de trabalho, só passaram a ganhar visibilidade com o processo de industrialização e exigiram novo olhar a partir do desenvolvimento tecnológico vivenciado nos anos de 1980, com o aumento de casos de Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Com as mudanças no mundo do trabalho, de suas relações, bem como com a precarização e intensificação laboral, patologias de caráter psicossocial também têm surgido entre os riscos de natureza ocupacional, como é o caso da Síndrome de Burnout, que ganhou nova classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e passou a entrar na lista de doenças relacionadas ao trabalho em 2022. Ocorre que, afora as dificuldades enfrentadas pelos/as trabalhadores/as para buscar atendimento médico, o diagnóstico de algumas patologias é complexo, a exemplo das doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, bem como dos transtornos mentais e do comportamento. Profissionais que desenvolvem atividades que exigem grande dispêndio físico e emocional, certamente estão mais expostos ao risco de desenvolvimento de patologias resultantes do esgotamento profissional ou mesmo de síndromes dolorosas, por isso é necessário que estejamos sempre alertas às nossas condições e relações de trabalho.



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