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Informação Completa

FALTA DE RESPEITO COM USUÁRIOS E SERVIDORES: CENÁRIO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL EM BELÉM-PA

Por: Rayme Sousa, Servidor Municipal da FUNPAPA - Belém-PA, vice-presidente do SINTSUAS

A Assistência social em Belém vem buscando se estruturar conforme preconiza o SUAS, porém desde gestões passadas a ampliação dos serviços não vem acompanhada de investimento, pois enquanto foram criados mais de 7 equipamentos não houve ampliação das equipes para atendimento e de equipamentos de uso cotidiano, nossa luta a frente dos trabalhados sempre foi em busca de atendimento digno e de qualidade a população mais vulnerável.


Desde o governo anterior viemos alertando a situação de precarização dos equipamentos, fato esse agravado no atual cenário, apesar de inúmeras rodadas de negociação e da promessa da atual gestão de melhorar a condição de oferta do serviço o que vemos na prática é um total abandono dos equipamentos, o atendimentos em todos os CRAS de Belém triplicaram devido o aumento da vulnerabilidade social da população.


Em vários espaços, os/as servidores estão fazendo atendimento a população em um imóvel sem as mínimas condições sejam elas materiais (faltam papel, caneta, computador, Internet e etc.) estruturais (prédios em condições precárias de infra estrutura com infiltrações, sem abastecimento de água, sem ventilação, etc.) ou humanas (quase 300 servidores saíram da Fundação e não há PSS nem previsão de concurso publico). Além disso a falta de água para o consumo, é constante.


Fizemos inúmeras greves, sendo a última neste ano de 2022 o qual exigimos condições de trabalho e atualização da tabela salarial conforme preconiza a lei do plano de cargos da Funpapa.


A Fundação que atende o público mais vulnerável de Belém deveria ter o compromisso de garantir dignidade no atendimento e nossa luta continua com esse objetivo, pois não visualizamos na prática nenhuma melhora na oferta do serviço.


Acredito que não seja tão difícil para a FUNPAPA acionar o prefeito para uma ação de emergência para que essas situações de violência e violações de direito não sejam institucionalizadas e naturalizados dentro da instituição que tem o dever de combatê-la.

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